Conseguimos o CSQ!

Olá, Pessoal!

Passamos na entrevista e estamos com o sonhado CSQ nas mãos! Segue o relato:

-INDO PARA SÃO PAULO
Nuvens negras se abateram sobre Curitiba na segunda feira ... além do toró que deixou a maior confusão, acabamos saindo tarde do trabalho, nos atrasamos e perdemos o nosso vôo para São Paulo segunda à noite. Como era o último vôo saindo de Curitiba, o jeito foi transferir a passagem para terça pela manhã e torcer pra nada dar errado. Pra remoer a raiva de perder o vôo e com falta de vontade gastar mais R$60,00 em táxi, pegamos o ônibus pra ir do aeroporto de volta pra casa. Chegando em casa eu resolvi dar uma rearrumada nos nossos documentos pra entrevista.
Terça feira, toca pro aeroporto pra pegar o vôo das 8:30. Deu um medão porque, embora tivesse sol (coisa rara a essa hora em Curitiba), tinha um nevoeiro exatamente em cima do aeroporto ... mas, no fim, o vôo saiu certinho. Chegando em SP, fomos direto pra região do bureau pra ficar cercando até a hora da entrevista, que seria às 14:00. Chegando lá, encontramos um casal daqui de Curitiba que conhecemos no Centre Québec durante nossos cursos de preparação e imersão (tomara que tenham passado).
Como todo mundo que chega bem antes da hora da entrevista, matamos o tempo no shopping D&D que fica em frente ao bureau.

-A ENTREVISTA
Às 13:30, fomos ao prédio do bureau e vimos o pessoal (Soraia Tandel, Eddie Alcide, Judith Grenon ...) saindo pra almoçar. Decidimos enrolar um pouco na calçada e olhar o povo passar até umas 15 pras 2. Fomos anunciados, subimos e ficamos na sala de espera junto com mais 2 casais e um rapaz. Um dos casais (A. e L.) era de Curitiba também. Outro casal era de Recife e eles tinham transferido a entrevista para SP (eram casal mas fazendo entrevista em separado, pois eram noivos ainda). O outro rapaz eu não sei dizer ... (update: o rapaz é o Álvaro, e ele passou na entrevista).
O pessoal voltou do almoço e começaram a chamar os candidatos. O casal de recife acabou fazendo a entrevista junto com o M. Eddie Alcide (update: A Cau do brincando no gelo me confirmou que eles passaram - Félicitations!). Em seguida, o casal de Curitiba foi chamado pela Mme. Judith Grenon. Dali a pouco, a Mme Soraia Tandel nos chama e começa a entrevista.
Lembramos dos conselhos da Prof. Geneviève e fomos proativos desde o momento de fazer os cumprimentos, creio que fez bastante diferença durante a entrevista. A Mme Soraia começou nos explicando que o nosso dossier havia sido analisado e ela ia fazer uma verificação e avaliação geral. Começou pedindo o meu passaporte, notou o visto de séjour temporaire para o Canadá e quis saber aonde tínhamos ido e por quanto tempo. Expliquei que fomos a Ville de Québec visitar amigos por 4 dias e a Montréal por 2 semanas para fazer um curso de francês. Já entreguei para ela o certificado do curso e a carta de aceitação da escola. Ela pareceu bem satisfeita em ver que nós tínhamos ido ao Québec para conhecer e aprimorar o francês.
Em seguida, pediu o meu diploma e histórico. Fez comentários em relação ao curso ser de engenharia mesmo, já que a minha escola (CEFET-PR, atualmente UTFPR) também possui curso de tecnologia e curso técnico. Perguntou o número de anos do curso, quanto tempo demorei pra concluir e se deu por satisfeita.
Depois, quis saber sobre a minha experiência profissional e o que fazia como engenheiro na empresa onde trabalho. Eu expliquei que era engenheiro de desenvolvimento e blá, blá, blá. Perguntou o que eu queria fazer no Québec e eu falei que queria trabalhar como engenheiro mesmo em Ville de Québec, mas sabia que precisaria da aceitação da OIQ, mas que em VQ há o Centre RIRE2000 que auxilia os imigrantes durante o processo da OIQ.
Ela quis saber se eu já havia feito alguma procura de emprego e mostrei vagas que achei no mercado interno da empresa que trabalho (que possui escritórios no Canadá), vagas do Jobboom, Monster e EmploiQuébec, mostrando que haviam boas ofertas em Ville de Québec, embora a maioria das oportunidades estivesse em Montréal. Em seguida ela perguntou o que eu faria até obter a aceitação da OIQ e eu disse que poderia trabalhar em áreas correlatas, mas que não tinham o título de engenheiro, como Analiste Programmeur, etc. Ela se deu por satisfeita.
Depois, confirmou comigo que eu tinha feito francês na Aliança Francesa, mas nem pediu a declaração de horas atualizada, só marcou lá no computador que havia feito na AF mais um curso em Montréal.
Em certo momento, ela perguntou sobre filhos e a gente disse que ainda não os tínhamos e que esperávamos para ter "des petits québecois" ... hehehe.
A conversa estava bem descontraída e a minha esposa também falava. Às vezes, a Mme Soraia cortava e dizia que ela queria que somente eu respondesse ...
Depois, chegou a vez da minha esposa. A Mme Soraia pediu o diploma, confirmou a experiência profissional, o que fazia no trabalho e só.
Logo após, se dirigiu a nós e proferiu a tão esperada frase "Félicitations, vous êtes acceptés au Québec". Disse que só iria organizar os dados no sistema para imprimir o CSQ e depois passaria as informações para as etapas seguintes.
O interessante é que para o nível de Inglês, ela simplesmente me perguntou (em francês mesmo) se eu achava que falava melhor francês ou inglês. Eu respondi (em francês mesmo) que, para uma conversa do dia a dia, eu achava que meu francês era melhor, já que o meu inglês é utilizado somente profissionalmente e para assuntos técnicos, com construções de frases mais simples e que, embora falasse inglês há mais tempo, achava que o francês era melhor. A minha esposa disse que não concordava muito, que eu falava bem inglês, mas a Mme Soraia disse que tudo bem, ela ia marcar o inglês com um nível um pouco abaixo do francês, que a gente não dependia desses pontos e que nesses casos eles evitam falar em inglês para não misturar na cabeça do entrevistado ... em momento algum pediu declarações nível de inglês.
Ao emitir o CSQ, para a minha surpresa, eu fui avaliado como francófono e a minha esposa como NF. No sistema, ela tinha colocado o meu nível como 7 (avancé) e a minha esposa como 6(fin intérmediaire), numa escala de 1 a 10 (pelo menos isso foi o que a minha esposa viu, eu mesmo estava arrumando os docs), mesmo a gente tendo os mesmos cursos a gente achar que temos o mesmo nível. Talvez tenha colocado assim porque acabei falando bem mais na entrevista, já que era o requerente principal.
Depois, recebemos o Apprendre le Québec, algumas folhas com informações e declarações e quis saber aonde tínhamos tomado conhecimento sobre o programa de imigração e eu disse que foi pela entrevista que ela tinha dado à CBN ano passado aqui em Curitiba e pela posterior palestra. Ela pareceu bem satisteita e nos felicitou, disse que ficava muito contente por termos escolhido Ville de Québec e nos desejou boa sorte. Saímos da sala bem contentes e tentamos tranquilizar o pessoal que estava na sala de espera.

Bom, assim foi a entrevista. Mme Soraia não pediu muitos documentos, só olhou bem os passaportes, os diplomas de engenharia e as carteiras profissionais. O assuntos iam surgindo e eu sempre tentava dizer por mim mesmo informações que eu sabia que ela iria acabar perguntando, como a cidade para onde gostaríamos de ir.
Foi tudo tão tranquilo que nem me lembrei de marcar o tempo exatamente, tudo se passou em torno de 30 minutos.

-A VOLTA
Saindo do bureau, descemos o elevador com o casal A. L. de Curitiba (eles passaram também - Félicitations). Como estavam visitando parentes de carro, gentilmente nos deixaram em uma estação de metrô para podermos chegar facilmente à rodoviária (é isso aí ... a ida é de avião, mas a volta é de buzão). Se vocês estiverem lendo, façam o favor de entrar em contato pra marcarmos uma pizza de comemoração!
Pegamos o ônibus das 17:00 e chegamos aqui em Curitiba à meia noite e meia, ufa!

Bom, é esse o nosso longo relato da entrevista de seleção! O bureau é bem tranquilo, eles tentam deixar um ambiente de calma na sala de espera. A sala aonde acontece a entrevista é bem agradável. Não tem o que se preocupar. Ninguém está lá pra reprovar ninguém, basta manter a calma e deixar o francês fluir.

-AGRADECIMENTOS
Agradecimentos a A. e L. por nos ter ajudado ali na saída do Bureau (entrem em contato), às nossas professoras do curso regular da Aliança Francesa (Letícia, Rosangela, Julia, Nonô e Marisa), o pessoal do Centre Québec, com a prof Geneviève, que nos deu dicas muito boas durante os cursos de preparação para entrevista e imersão, aos amigos que conhecemos pessoalmente e outros somente aqui na internet pelas informações, relatos, etc.
Marmé e Tati, valeu pela acolhida aí em Ville de Québec!

Alors, à la prochaine!

Comentários

  1. Oie :)

    Só para dizer que conhecemos o "casal noivo" e eles passaram também!

    Abraços e parabéns!

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